As vezes acho que Clara queria fugir da vida, queria buscar novos ares... Ah, minha doce Clara. Ela sempre foi assim, desde criança queria ter seu mundo, seus próprios amigos imaginários. As coisas que tinha não sabia dividir. Clara era uma egoísta e convicta. Queria o mundo do seu jeito. Não pensava em mais ninguém. Tinha seus livros, seus CDs, seus lápis, até desses ela tinha ciúmes. Ah, o ciúme.... Essa fera sem controle que vive dentro de cada um de nós. Ela fez amigo cujos eram só dela, não suportava tê-los que dividir, arrumou um namorado, e possuía um ciúmes muito grande dele... Sabe, egoísmo e ciúmes podem ser diferentes, mas o pensamento individual está presente em ambos... Antes das pessoas saberem amar, devem desprender-se do seu eu, do seu egoísmo, do seu querer pessoal... Não é também para não amar o seu eu, já que, só se ama os outros se se amar primeiro... E já estou esquecendo da história da Clara. E o seu namorado ensinou-a muitas coisas, entre elas, saber
por Júlia Farolfi