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Carta ao meu Ipê

Meu Ipê-amarelo, 
Nesse instante eu estou sem meus pés no chão, flutuo. Estou em um sonho, onde tu és o herói e eu sou a mocinha, onde tu és o Romeu e eu sou a Julieta, onde tu és apaixonado por mim... Sinto uma imensa alegria ao te falar isso. Não saberia por onde começar, na verdade, já desmanchei e reescrevi várias vezes essa carta, e provavelmente farei isso mil vezes até o fim. Mas também não sei se terei coragem de expôr tudo que sinto, se saberei expressar tudo com minhas singelas palavras. E menos ainda se conseguirei alcançar o êxtase do seu entendimento.
Desde que te conheci, seu rosto não sai da minha mente, seu cheiro de minha lembrança, já não consigo mais te esquecer. Por favor! Me ajude a compreender! Querido Ipê! 
Ah, eu devo ser uma apaixonada mesmo... Por favor, não me compreenda mal... Não interprete essa carta como algo que precise de resposta urgente, só queria te contar como tenho me sentido e foi a única forma que encontrei de chegar até você... E somente a você. Meu ipê. Tu sabes que mesmo estando apaixonada por ti, não me desprenderei de mim mesma. Talvez me conheça mais que algum dia sonhei que alguém pudesse me conhecer, nem eu mesma me compreendo... 
Até agora não entendi, o porquê de você ter se apegado tanto a mim (e eu a você) em tão pouco tempo... Esses anos de amizade já me mostraram muita coisa sobre você, atitudes que eu não enxergo nem nas palavras de outrem... E é assim que você me deixa cada vez mais feliz, mais de bem com a vida... Porém, mais ridícula e apaixonada. Algumas vezes gostaria de te matar simplesmente por alguma palavra que você diz, por um assunto que não concordo com você... E é assim, que mesmo com ideias opostas nos encaixamos... A mágica está em nos suportarmos, em como combinamos em descombinar... A mágica está em você. Em nós. Em cada segundo que passo ao teu lado. A mágica é podermos estar juntos, é poder existir um nós.
Com amor, de sua eterna Violeta.

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