" Me pergunto qual foi a praia, que por descuido, me deixaram tocar o mar. Por que as ondas de tal plenitude, desaguam no infinito? Por que nem sempre conseguimos distinguir a imensidão que une as águas profundas com a leveza do céu? Por que em minha pele reside o teu cheiro?...
Queria falar a língua dos pássaros e perguntá-los por onde andam as flores que respirei. Onde encanta e cuida e brilha o afago de tocar seu rosto. Por que fechaste o olhar para o sol que o que mais queria é iluminar o teu sorriso? Eu deixei os meus sentidos em sua pele. O cheiro.
Tão sutil olhar que via intensamente a brisa que o abraça. Queria morrer no afago dos teus abraços, e saiba que mesmo no frio meu coração aqueceria nós dois. E haveriam chuvas e mais chuvas, e teus sons seriam reconhecidos pelas almas e seus corações.
Por que têm músicas que cantam no silêncio de nossos ouvidos? Por que olhares que me prendem são vistos até de olhos fechados? Eu caminhei por todo esse tempo com meus olhos fechados, me deixando apenas ser guiada pelo perfume da pele e pelo olhar que me olha.
Qual é o segredo que há de me inundar de paz? Teu abraço? Se tiveres um tempo qualquer me abrace pelo vento. Me abrace olhando para o céu. Me abrace sentindo meu coração fitado nas estrelas. Pois é lá que reside meu afago.
Que faz do eterno, seu lar."
- Carolina Diniz Magalhães de Moura
(Não tive dúvidas quando encontrei o seu texto, que você me deixou nele um pouco de ti e que eu não seria capaz de não compartilhar com o mundo esse pouquinho. Obrigada pelo texto que me fez capaz de te abraçar.)
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