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Bombas


 Bombardeada. Não por uma bomba de radioatividade. Não por um coquetel molotov. Porém, de informações. O tempo inteiro. Se elas são de verdade ou não, o que importa? O que o sistema quer é visualizações, quer público. 
 O mundo já acabou umas 10 vezes desde que eu nasci, e até agora nada mudou. Teorias conspiratórias surgem a casa milésimo de segundo. Teorias de santos se espalham pela internet como vírus. O mundo acabou em 2000. Acabou de novo em 2012. E dia 06 de junho de 2006? Acho que foi mais um dos dias que o mundo deixou de existir. É, e dia 23 de agosto de 2013 o mundo também tá fadado a acabar? Uns juram que sim. Outros creem que não. 
 E sabe porque todas essas teorias conspiratórias conseguem adeptos? Simples! O fascínio pela morte. Como assim? A Senhora Morte sempre foi vista como dúvida, incerteza, de fato não se sabe o que acontece depois dela ou quando ela virá. Contudo, a mesma se opõe, porque é a única certeza que os humanos têm, é que um dia vão morrer. E o que a morte tem haver com as teorias? TUDO! Afinal, as teorias pregam uma onda de mortes generalizadas, onde uma pequena elite, talvez os illuminattis - porque claro, tudo é verdade - irão se salvar.  
 Confesso que sou uma dessas que critica, mas acaba lendo todas as teorias. Eu gosto de imaginar, "e se" acontecesse, o que eu faria, onde eu estaria...
 Aí chega o momento que vejo que o que vale mesmo a pena é viver. Aquela vontade de fazer tudo o que puder, o que quiser, correr os riscos mais doidos, ter as histórias mais incríveis, viajar todos os países possíveis, conversar com as pessoas mais inteligentes do mundo e perceber que são normais, amar muito meus amigos, e ficar todos os segundos ao lado da minha família. Cai a ficha.
 Queria mesmo era encontrar a pedra filosofal, ou achar a fonte da juventude e poder viver para sempre. Mas, como animal que sou - mesmo racional - estou aqui para cumprir a lei da vida: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Ou quem sabe morrer aos 21, 30, 50 anos mas conseguir fazer deles anos de felicidade. Ou simplesmente, viver até os 80 anos, descobrir que todas as teorias estão erradas, e morrer feliz dormindo. Ou... Ou... O...

Comentários

  1. Achei, no mínimo, duvidoso. rs

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  2. É menina. No final só o que restam são histórias para contar.

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  3. Temos tantas coisas para amar, tantas coisas para fazer, tantas coisas para melhorar! Para que nos preocuparmos com a destruição do mundo... O que realmente importa é o nosso mundo, cada um tem o seu, com seu círculo afetivo e amoroso e insto que não devemos deixar acabar!

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  4. Acho que o que restam são as histórias contadas, porque quando a gente morre, se ninguém sabe das nossas histórias, elas vão morrer com a gente...

    E de fato, temos muito pra viver...

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